ALIMENTANDO A BONDADE

 

ALIMENTANDO A BONDADE

O neto aproxima-se do avô cheio de raiva no coração porque seu melhor amigo havia cometido uma injustiça. 
O velho diz: 
– Deixe-me contar-lhe uma história. Muitas vezes senti grande ódio daqueles que “aprontaram” – especialmente quando percebia a maldade ou quando eles não se arrependiam. 
Todavia, com o tempo, aprendi que o ódio nos corrói, mas não fere nosso inimigo. É como tomar veneno ao desejar que o inimigo morra. Passei a lutar contra esses sentimentos. 
E o experiente homem continuou: 
– Tenho a sensação de que existem dois lobos dentro de mim. Um dos lobos é bom, só quer o bem e não magoa ninguém. Esse lobo vive em harmonia com o universo ao seu redor e não se ofende, não fica vendo, no que não entende, agressões. Esse lobo só luta quando é certo lutar e, quando luta, o faz da maneira correta. 
Mas, ah! o outro lobo é cheio de raiva. Mesmo pequeninas coisas provocam sua ira! Ele briga com todos, o tempo todo, sem motivo. Não consegue nem pensar, porque sua raiva e seu ódio são tão grandes que gastam toda sua energia mental. 
É uma raiva inútil, porque não mudará o mundo! 
Às vezes, é difícil conviver com os dois lobos dentro de mim, porque ambos tentam dominar meu espírito. 
O garoto – atento – olhou intensamente nos olhos do avô e, carinhosamente, perguntou- lhe: 
– Qual deles vence, vovô? 
O avô sorriu e respondeu baixinho: 
– Aquele que eu alimento mais frequentemente.

(Parábola extraída do Livro "As Mais Belas Parábolas de Todos os Tempos", v.1, Alexandre Rangel)






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